112022Abr

O FUTURO DA NUTRIÇÃO, SAÚDE E BEM-ESTAR

A pandemia covid-19 trouxe um renovado olhar para com a saúde. A alimentação surge como protagonista na prevenção de problemas de saúde.

A informação apresentada de seguida foi recolhida numa conferência da Mintel na Alimentaria de Barcelona, que decorreu de 4 a 7 de Abril de 2022.

Poderá ser útil na tomada de decisões pelos profissionais da área alimentar.

Onde estamos agora – 2022

Imunidade – em Dezembro de 2021, 80% dos consumidores italianos planeavam reforçar o seu sistema imunitário através da alimentação.

Peso – em Setembro de 2021, 33% dos consumidores dos EUA escolhiam alimentos mais saudáveis para recuperar do aumento de peso durante a pandemia.

Bem-estar mental – em Julho de 2021, dos consumidores da Grã-Bretanha que experimentaram episódios de stress nos últimos 12 meses, 33% lidaram com isso consumindo alimentos e bebidas saudáveis e 30% com alimentos e bebidas não saudáveis.

Há também uma preocupação em que os alimentos e bebidas sejam saudáveis para as pessoas e para o planeta.

Base: utilizadores da internet com mais de 16 anos que tentaram comer e beber de uma forma saudável (França: 900; Alemanha: 1,835; Itália: 981; Polónia: 939; Espanha: 979). Fonte: Kantar Profiles/Mintel, Dec 2021

Onde estaremos dentro de dois anos

A saúde intestinal não é restrita à digestão – 79% dos consumidores espanhóis e 53% dos consumidores franceses gostariam de ter aconselhamento alimentar para melhorar a saúde intestinal.

Alguns ingredientes que promovem uma boa saúde intestinal: botânicos, ingredientes fermentados ou microrganismos, fibra e prebióticos, posbióticos.

Aproveitar a natureza para ajudar os consumidores a envelhecerem de uma forma saudável – 36% dos adultos dos EUA estão preocupados com o impacto dos ecrãs na visão e 16% dos consumidores tailandeses concordam que a luz azul de dispositivos eletrónicos contribui para sinais visíveis de envelhecimento. O impacto das emissões de luz azul pelos computadores nos olhos poderá ser diminuído com antioxidantes, como por exemplo a astaxantina.

80% dos consumidores italianos concordam que uma dieta mais saudável pode ser mais benéfica para a pele e cabelo do que os produtos externos.

Desenvolver alimentos mais saudáveis para a prevenção de doenças – no Brasil, 50% dos consumidores mantém hábitos de alimentação saudável para prevenir doenças e 28% para gerir a doença. Na China 16% dos consumidores consideram que os três pontos altos (alta pressão arterial, alto nível de açúcar no sangue e alto colesterol) são questões de saúde que têm. Na Grã-Bretanha 58% dos consumidores concordam que o governo tenha que intervir para controlar a obesidade. Nos EUA, 51% dos consumidores procuram alegações de controlo de peso e cardiovasculares.

Os produtores podem assim, reforçar a ligação entre a alimentação à base de plantas e a saúde do coração, com alegações ligadas à fibra, gordura saturada e sal.

Onde estaremos dentro de cinco anos

As proteínas unicelulares proporcionam uma nutrição sustentável – as proteínas unicelulares são as formas desidratadas de grupos de microrganismos (algas unicelulares, bactérias, fungos, leveduras e cianobactérias) ou as proteínas das suas células.

A fermentação ajuda a produzir ingredientes éticos – A empresa holandesa NoPalm utiliza subprodutos como cascas de batata e fermenta-as, com levedura para produzir óleo microbiano de “palma”, permitindo a produção de óleos “tópicos” em países como a Holanda, fornecendo um produto “local” e, assim, mais sustentável.

A empresa alemã QOA desenvolveu uma alternativa de chocolate sem cacau, feita de subprodutos da indústria alimentar fermentados de precisão (e depois torrados) como a aveia ou outros grãos. Os atributos do cacau estão ligados à qualidade do chocolate, sendo que 65% dos consumidores polacos concordam que um produto de chocolate que declare claramente o seu teor de cacau na embalagem (por exemplo 70%) é de melhor qualidade do que outro que não o seja. 29% dos consumidores polacos concordam que o preço baixo é um fator que influencia a sua escolha quando compram chocolate.

51% dos consumidores italianos concordam que a cobertura dos media sobre questões ambientais os levaram a comprar alimentos e bebidas éticas.

A personalização resolve problemas de saúde relacionados com a dieta – 41% dos consumidores chineses estão interessados em aconselhamento nutricional, através de testes genéticos.